CALEM E SUSPEITEM DOS CRIACIONISTAS HERÉTICOS

Nebulosa do Cão a Correr.

Ó 'migo Viegas, não havia necessidade.
Ó Massano Cardoso, não havia necessidade nenhuma.
Ó tonibler, eu quero longe dos meus filhos os arrogantes e os auto-suficientes, estejam em que lado da barricada estiverem.

Na verdade, a conjugação axial de esses pressupostos teóricos, criacionismo e evolucionismo, não resume a lógica contorcionista e extraordinária que preside à constituição do Cosmos. Nem qualquer deles exclui absolutamente o outro. A dicotomia está somente nas cabeças de alguns.

Que interessa, por pura e anacrónica demagogia, ridicularizar o paradigma criacionista se ele encarar como criacionista a própria evolução?
Que interessa sublinhar a vertente evolucionista, se estão por determinar as causas para os saltos evolutivos que não aparentam ter na base determinismos ambientais ou de outro tipo, manifestando aí precisamente a evolução característcas 'criativas'?

Acho deprimente que as vossas mentes peregrinas, sobretudo do yes-men tonibler e do Salvador Massano, ainda se vejam reféns do simplismo técnico que polemizou boa parte do século XIX, em que um argumento que não é preto, só pode ser branco.

E se for cinzento?

E se a moldagem do barro que nos fez não somente foi progressiva, sim, mas nem por isso destituída de teleologia, isto é, de uma clara finalidade intrínseca, exercida a partir de dentro, o que não desloca para fora de todo nem a sua excentricidade nem o seu carácter extrínseco?

Tudo, no Cosmos, é complexificação, é acúmulo de informação, é a tendência para a riqueza sob a capa aparente da entropia ou sob a sua lei provisória, necessária.

Acho que estou a gastar o meu latim. Aliás, o latim criacionista evoluíu para as línguas novilatinas, mas sem que a informação se perdesse: pela analogia, pela perífrase, do que era conciso no Latim chegamos ao perifrástico no português. Evolução na questão fisiológica, articulatória, mas também semântica, evidentemente.

Nada se perdeu. Tudo se tornou mais complexo, mais dúctil. A língua é uma re-criação permanente e é preciso harmonizar pontos de vista que se complementem honestamente, para que gente com valia intelectual não sirva à mesa farta dos seus blogues a indigência cultural, as palas com bolor do dogma cartesiano.

Resumindo, hoje são pensadores semi-cientistas algo fossilizados como vocelências, que não vêem mais, os dogmáticos do preconceito, os fanáticos da porta fechadíssima a quaisquer possibilidades que escapem à Física Tradicional, não vá o que escrevem fugir hereticamente da desimaginativa e anquilosada racionalidade. Já ouviram falar da Física Quântica?
Não, não podem ter ouvido falar da Física Quântica.
Corrijam-me, se estiver errado no meu estar certo.
Y'shua Santos

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