Bandeira
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Nós, o povo, pusemos as bandeiras do lado de fora de, barraca ou mansão, onde vivemos
e também no automóvel.
Compramos verde-rubros
cinzeiros,
isqueiros,
lingerie,
t-shirts inovadoras,
escovas de dentes,
cachecóis, sapatos;
fizemos penteados
bizarros,
bizarros bolos, pratos, vestimos os cães, vestimos os gatos
e até os nossos pássaros engaiolados têm a bandeira tatuada nas penas...
Agora, e a partir de hoje, é só esperar em cada jogador um comedor de relva profissional,
um guerreiro
dos mais ferozes ancestral,
disciplinado romano,
ousado grego
elefantino cartaginês,
resistente Viriato,
conquistador macedónio Alexandre,
porque ganhar ou é uma vontade insuflada de cio e certeza
ou a humilhante mariquice do talvez.
Portugal, no futebol como na vida, que ou (te sagres!!!) sangres ou desapareças!
Joaquim Santos
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