LEI DO GRÃO












Aprender, aprender sempre.
Seja a lição látego,
seja a lição lâmina,
aprender o fruto da dor,
aprender a dádiva da complexa simplicidade
de um ou dois traços
no espaço da incerteza prenhe de esperança,
opção dura, mas talvez no fim feliz,
aprender a lição, a lei, do grão,
em que o menos dá mais,
em que o sereno pouco resulta muito melhor em imenso,
que o sôfrego muito em alguma coisa que valha a pena.

Aprender com o lanho,
com a lixa de gato língua,
com o cutelo da frustração.
Aprender com o silêncio
de uma consciência que grita.
Aprender que é o sonho que triunfa
e nunca a resignação;
que é o sacrifício e o passe de loucura mágica que triunfam,
não esse encarneiramento passivo
na massa desatenta e bruta.

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