A SAFO


Ainda te beijarei a memória, Safo, e te direi a poesia, aí mesmo, na tua ilha de Lesbos,
como um néctar divo e um vivo odor o dizer-te a Poesia.
Saborearei ainda as tuas mulheres como versos
ou os teus versos como coitos novos ardorosos com as tuas mulheres.
E transgredirei o teu sexo na tua cidade, ó nativa de Eresos,
porque dizer-te a poesia
será ter sexo contigo, apesar de ti, ilustre Morta Imortal,
tu, para quem quantas, sendo fêmeas intra fêmeas,
se retomam na plenitude do prazer sabido e consabido
que homem nenhum proporcionaria.

Comments

Joaninha said…
Liiindo!

Áh poeta!

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