JUVENTUDE DAS ESCOLAS

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Henri-Benjamin Constant de Rebecque
As petições para a Reforma,
cuja assinatura se fazia na Guarda Nacional,
juntas ao recenseamento Humann,
outros acontecimentos ainda, provocavam desde há seis meses, em Paris,
inexplicáveis ajuntamentos;
e até se renovavam tantas vezes que os jornais já nem falavam no caso.
─ A isto falta perfil e cor ─ continuou o teu vizinho.
─ Cuido eu, messire, que degenerámos!
Nos bons tempos de Luís XI, os mesmos de Benjamin Constant,
havia mais agitação entre os estudantes.
Acho-os agora pacíficos como carneiros,
estúpidos como pepinos,
e bons para serem merceeiros, valha-lhes Deus!
E eis aquilo a que se chama a Juventude das escolas!

Abriu os braços, largamente, como Frédéric Lamaître em Robert Macaire.
─ Juventude das escolas, eu te abençoo!
Em seguida, apostrofando um trapeiro,
que remexia cascas de ostras de encontro
à entrada de um vendedor de vinho:
─ Fazes tu parte, estás a ouvir, da Juventude das escolas?
O velhote ergueu um rosto hediondo onde se distinguia,
no meio de uma barba cinzenta,
um nariz vermelho e dois olhos avinhados estúpidos.
─ Não, antes me pareces um desses homens de cara patibular 
que se vêem em diversos grupos, a semear oiro a mãos plenas
Oh!, semeia, meu patriarca, semeia!
Corrompe-me com os tesoiros de Albion!
Are you English?
Não repilo os presentes de Artaxerxes!
Falemos um pouco da união aduaneira.

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