Blogobisbilhotice
O cemitério dos teus sentimentos traídos,
as cinzas fumegantes da tua depressão e descrença,
a morte da tua inspiração,
enquanto paradoxas uma longa e dolorosa página de diário,
a azia da tua transpiração desinspirada,
a tua dor de estômago,
o rompimento mais recente,
esse teu não poder esquecê-lo, não poder esquecê-la,
o teu cão,
a tua pomba,
o teu gato,
o teu papagaio,
a tua reunião de amigos com fotos giras
e o carpe diem de ter bebido e fodido e tudo o mais
em cada face,
o teu «hei-de vir cá mais vezes»,
o meu «hás-de, hás-de...»,
a tua mania,
o teu enigma,
as tuas férias, as tuas glórias, a tua música,
a tua poesia obsoleta,
verdadeira,
a tua vertente básica, primária no uso sapateiro da palavra, Zé Manel,
a tua dor de costas,
o teu coração partido e o teu cu exibido,
a tua pintura e a tua literatura magnolescentes,
as tuas rimas e o teu vasto e fiel público,
o teu apostolado vaidoso e presunçoso,
a tua imposturice, a tua lisonja, o teu fingimento
(que eu leio perfeitamente nas entrelinhas)
o teu romantismo e o teu tesão por popularidade,
o teu paganismo e ateísmo triunfantes, babados, sorridentes,
os teus comentários atabalhoados,
cheios de «ao lado»
ao que eu quis dizer.
O teu blog e o meu blog
esse coito, esse karma,
essa coima, esse drama.
Joaquim Santos
as cinzas fumegantes da tua depressão e descrença,
a morte da tua inspiração,
enquanto paradoxas uma longa e dolorosa página de diário,
a azia da tua transpiração desinspirada,
a tua dor de estômago,
o rompimento mais recente,
esse teu não poder esquecê-lo, não poder esquecê-la,
o teu cão,
a tua pomba,
o teu gato,
o teu papagaio,
a tua reunião de amigos com fotos giras
e o carpe diem de ter bebido e fodido e tudo o mais
em cada face,
o teu «hei-de vir cá mais vezes»,
o meu «hás-de, hás-de...»,
a tua mania,
o teu enigma,
as tuas férias, as tuas glórias, a tua música,
a tua poesia obsoleta,
verdadeira,
a tua vertente básica, primária no uso sapateiro da palavra, Zé Manel,
a tua dor de costas,
o teu coração partido e o teu cu exibido,
a tua pintura e a tua literatura magnolescentes,
as tuas rimas e o teu vasto e fiel público,
o teu apostolado vaidoso e presunçoso,
a tua imposturice, a tua lisonja, o teu fingimento
(que eu leio perfeitamente nas entrelinhas)
o teu romantismo e o teu tesão por popularidade,
o teu paganismo e ateísmo triunfantes, babados, sorridentes,
os teus comentários atabalhoados,
cheios de «ao lado»
ao que eu quis dizer.
O teu blog e o meu blog
esse coito, esse karma,
essa coima, esse drama.
Joaquim Santos
Comments
abraços,
O que ves nesse mundo vasto de blogs é o que encontras em cada pessoa que passa pela tua vida, seja directa ou indirectamente, todos diferentes todos iguais.
Um abraço!
Eu sei. A palavra bisbilhotice é forte, mas repara que não está dito que eu esteja contra a natureza dos blogues ou me exclua dela. Mas um exercício de distanciamento é sempre importante ser feito, desmitificar e desmistificar esta realidade talvez nos faça olhá-la de modo sempre renovado.
Abraço.
Esta noite, futebol. O nosso mundial nunca acaba porque é anual, semanal, mensal, total. Tenho uma sede de vencer acesa em todos os poros.
Que estejas no teu melhor.
Joaquim Santos
Não consigo ir ao âmago mas o demérito é meu...
Parabéns, pela imaginação e pela irónica abordagem das coisas! Cinco estrelas!
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