Invicto

Arda embora,
seja calcado e toureado
pelo monstro da mentira,

ainda assim ressurgirei,
me reerguerei da cinza e darei luta.

Tenho no meu ser
a grega ou romana bravura inteira
tenho a minha alma enxuta,

a espada corpo a corpo do passado ousado,
disposta à morte,
exposta à lâmina,
por um pouco de justiça
no ardor da refrega feroz,

sangrenta e louca.

Joaquim Santos

Comments

José Leite said…
Rumo à eternidade?!

Aquela perna esquerda fracturada terá conotações políticas?|!!!
joshua said…
Caro Rouxinol,

Não. Nenhumas. Ela está lá, intacta, nós é que a não vemos. A fractura indica apenas a inteireza por dentro, a ilusão da derrota.
Anonymous said…
Será este poema tão forte com promessas de imortalidade uma espécie de auto retrato?
Serás mesmo assim, Joaquim? Ou são palavras bonitas soltas ao vento? Desafio-te a que me respondas.
joshua said…
Caro anónimo,

Sim, sou assim mas também estou em processo de ser assim. Não sou nem um homem nem um soldado definitivo, porque travo a guerra de ser ambas as coisas todos os dias, guerra que ainda não venci.

Todas as minhas tentativas infatigáveis de vitória são iguais ressurreições da minha força e exibição das minhas armas e esse é que é o meu secreto milagre: jamais me dar por vencido e recrudescer no meu combate.

Obrigado pelo comentário.

Joaquim Santos
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