Culinária
O passado não manda nada
e a tradição não conta. Se contasse,
éramos senhores do mundo, coisa que até somos
a fazer filhos em quantas raças há,
em quantos continentes
como se ser português fosse a miscigenação
em estado contínuo e puro: hoje no seio da humanidade,
sabe-se lá amanhã com extraterrestres,
desde que as fêmeas extra-apeteçam.
Outros civilizaram com a pose,
nós civilizamos com o pénis, com o corpo, apenas,
depois via-se. Não começa tudo pelos olhos?
Os olhos começam por ver a mulher,
o troféu.
Quando eles entraram por aqui dentro com canhões,
tivemos de morrer com paciência e resignação resistentes, mas desarmadas,
afogando-nos num mar de sangue ou num rio que era nosso,
depois pagamos-lhes a atrevida invasão libertária, imperial, bonapartista
simplesmente com paz,
paz inscrita nos nomes de milhares de emigrantes, no século XX, artilheiros apenas do trabalho,
blindados apenas às humlhações, chegados para ficar, para se misturar e para vencer,
amando, porque até pelos canhões do amor se ajuda um gaulês a ser gaulês.
Isto eles não fizeram, satisfeitos no seu reduto maravilhoso,
le-peniano, islamizado, xenófobo, desprezivo do diferente, desintegrado e tumultuado,
por isso estão a desaparecer à velocidade da língua.
Fromagges parfumes et champignons são, sempre foram, palavras de comer, digerir
e evacuar que é também o derradeiro fim da culinária mais excelente.
E a história ensina: toma lá, dá cá.
Vencer uma guerra pode demorar dois séculos ou duas meias-finais... três ou mais, se tivermos contra nós a mesma lógica subtil do poder, da manipulação subtil e imperceptível destas coisas de quem tem peso no futebol,
não está escrito é que não se vença.
Joaquim Santos
e a tradição não conta. Se contasse,
éramos senhores do mundo, coisa que até somos
a fazer filhos em quantas raças há,
em quantos continentes
como se ser português fosse a miscigenação
em estado contínuo e puro: hoje no seio da humanidade,
sabe-se lá amanhã com extraterrestres,
desde que as fêmeas extra-apeteçam.
Outros civilizaram com a pose,
nós civilizamos com o pénis, com o corpo, apenas,
depois via-se. Não começa tudo pelos olhos?
Os olhos começam por ver a mulher,
o troféu.
Quando eles entraram por aqui dentro com canhões,
tivemos de morrer com paciência e resignação resistentes, mas desarmadas,
afogando-nos num mar de sangue ou num rio que era nosso,
depois pagamos-lhes a atrevida invasão libertária, imperial, bonapartista
simplesmente com paz,
paz inscrita nos nomes de milhares de emigrantes, no século XX, artilheiros apenas do trabalho,
blindados apenas às humlhações, chegados para ficar, para se misturar e para vencer,
amando, porque até pelos canhões do amor se ajuda um gaulês a ser gaulês.
Isto eles não fizeram, satisfeitos no seu reduto maravilhoso,
le-peniano, islamizado, xenófobo, desprezivo do diferente, desintegrado e tumultuado,
por isso estão a desaparecer à velocidade da língua.
Fromagges parfumes et champignons são, sempre foram, palavras de comer, digerir
e evacuar que é também o derradeiro fim da culinária mais excelente.
E a história ensina: toma lá, dá cá.
Vencer uma guerra pode demorar dois séculos ou duas meias-finais... três ou mais, se tivermos contra nós a mesma lógica subtil do poder, da manipulação subtil e imperceptível destas coisas de quem tem peso no futebol,
não está escrito é que não se vença.
Joaquim Santos
Comments
Ainda hei-de ver o amigo a dar lições tácticas sobre a bola... quem sabe se inebriado pelos estudos sobre a batalha de Aljubarrota (contra castelhanos...) ou
sobre a nossa postura corajosa aquando das invasões francesas...
É muito bom conhecer-te. Sê sempre bem-vinda.
Joaquim Santos