OH ASS, MY ASS!

Incendiário e anacrónico, ASS voltou a aparecer, desta vez em entrevista ao Diário Económico, para comentar a suposta crise que o maior partido da Oposição deseja abrir. A única crise, já se sabe, é o facto de o Estado-PS continuar por lipo-aspirar, recaindo em Despesa Descontrolada e Acrescida em cima do couro contribuinte. Por outro lado, a questão da Justiça está por esclarecer e é efectivamente grave. Ora ASS sintomaticamente não se pronunciou sobre esse assunto: nem ele nem o Governo-PS expuseram os motivos que mantêm o vice-PGR, Mário Gomes Dias, quando já deveria ter calçado as pantufas douradas e começado a fumar o charuto da glória. Nem o Governo-PS nem ASS esclareceram os motivos que conduziram à alteração do Estatuto do MP, mediante lei com um tão óbvio beneficiário. Não é o nosso amigo Mário o autor da ordem de conclusão do inquérito ao caso Freeport para 25 de Julho? ASS aparece em cena e parte a loiça: começa a falar freneticamente de Direita e do desejo de Crise Política, quando o tópico em causa são as sistemáticas e abusivas interferências do PS-Governo que ferem o Direito e a separação de poderes, dado o oportunismo político que as vicia e a contaminação da equidistância que representam. O País naufraga clamorosamente e exige convergências múltiplas, maduras, o fim da sofreguidão e glutonaria de facção pelo erário. Mas ASS prefere fazer política de aterro sanitário, tipo, «Ok, as nossas clientelas vampirizam Portugal, enxameiam Institutos, Organismos e Fundações, Assessorias, o PS colonizou de glutonaria clientelar o Aparelho de Estado, nada fazemos e vocês, no PSD, ousam abalar este franco progresso nas contas públicas?»

Comments

Mas comentar o caso vergonhoso da proibição do navio Sagres em Macau, está quieto. Um ministro da Defesa que permite que a sua Armada passe por uma vergonha a nível mundial é um político sem qualificação.
Cá por mim, parece uma perfeita reedição do Portugal pós-1 de Fevereiro de 1908. os dois partidos estão cada vez mais na mesma e hoje já não tenho qualquer dúvida: acontecerá qualquer coisa. Seja o que for, virá.
"Suposta" isso é para incautos !
Nem outra coisa passsou pela cabecinha iluminada do barítono Passos Coelho.
Em política vale tudo, até fazer crer que se tem aulas de canto para afinar a voz.
As sereias também cantavam e não foi por isso que Ulisses mudou o rumo...
Saudações.
O Nuno Castelo-Branco tem razão, penso muitas vezes nessa analogia que fez com o 1 de Fevereiro de 1908.
Quanto ao que está para vir, espero que seja algo mais renovador que um novo 25 de Abril, porque isto já lá não vai com cravos, isto só lá vai com práticas mais "agressivas", assim uma coisa mais Romena, mais Ceausesquiana !

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