NÃO ME APETECE

... trabalhar no País Rebentado que me legou José Sócrates e o seu Partido de Asnos nem no País Raso que Passos, e os seus Cínico-Técnicos de Topo, cilindra obrigatoriamente à pala da Troyka. Não me merece um País que fecha os olhos aos que, pela Política, com a Política e na Política, roubaram os contribuintes, mas os esbugalha, persecutórios, sobre o indivíduo, quer pelo Fisco Assassino, quer pelas armadilhas e alçapões com que a Segurança Social desalavanca os seus contribuidores passados, mal passam a necessitados. Não é que valha a pena morrer como o melhor acepipe possível dentro da grande ementa nacional de desgraças, injustiças, crueldades, reformismos cortantes à ceguinho-seja-eu. Não. Vale a pena, sim, o meu eremitério em família, o meu nicho de paz de espírito, o meu trabalho invisível de eremita cujo destino de desemprego, como o de milhões, na Península, está traçado, mais cinquenta mil menos cinquenta mil evacuados do grande colo estatal português. Vale a pena não consumir absolutamente nada. Não comprar. Não precisar. Não pessoalmente. Quando já não careço de nada, senão de sol, de mar, de amor dado e recebido, deixa de ser sacrifício que pelo menos nada falte aos que amo, excedentes, não sobras!, do que me privo.

Comments

Anonymous said…
Não sei como é mas deve ser reconfortante quando alguém acha que o culpado de tudo que acontece é apenas uma pessoa...assim não temos que olhar em volta ou mais importante para nós mesmos.

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