É O DÉFICIT, ESTÚPIDO!
Percebe-se bem por que motivo à boa vontade
secretário de Estado adjunto e da Administração Interna,
ontem nas TVs, se sucedem de imediato outras versões contraditadoras
de qualquer alteração pelo Ministério da Justiça: não estão previstas alterações
ou qualquer intervenção na Letra legal aperfeiçoando-a e eliminando os óbices
à coerência, determinação e preventividade criminal no seio dos Códigos,
porque afinal chegámos aonde chegámos
para que a Justiça fosse também mais barata, nem que fosse só um pouquinho.
E as preventivas são caras ao Estado. Oneram o Estado.
É fácil compreender. Está tudo transparente.
Ora, os primeiros a sentirem o lado laxo e brincalhão da Lei,
a sua nova vertente de simulacro e formalismo que-não-dá-em-nada,
são os criminosos, iniciantes ou tarimbados,
e também por isso a coisa vai como vai
e precisa de um pouco mais de incisividade e imaginação.
kjh
Reconhecer o panorama e anunciar respostas é tardio verbo de encher
aliás incompatível com o exoesqueleto amolecido da Lei.
Para quem tivesse dúvidas, era ver o Dr. Vitalino Canas ontem,
sorridentíssimo e maneirento a soltar generalidades e inacções na SIC-N,
a propósito da Lei de Segurança completamente incosistente
com vir agora o Dr. Silva Pereira eleitorístico-humilde a fazer, finalmente,
um pronunciamento consonante com a realidade
e a anunciar as tais respostas, ainda evasivas e desconhecidas,
mas que há semanas que teríamos gostado de ouvir de imediato.
lkj
Poucos políticos ousaram interromper as férias aquando da crise georgiana.
Poucos ousaram interrompê-las e ter discurso, enquanto se assaltava,
matava e sequestrava em marcha acelerada.
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