CAMPILHO E O EMPRÉSTIMO-IMPOSTO
A proposta é salvífica, utópica, para as contas do Estado. Representaria por parte do proponente, o Governo, se tal ousasse, a assunção de ter falhado de bojo, apesar de, sem descanso, nos ir aos bolsos com a maior e mais sôfrega das ferocidades, ao longo dos anos, a pretexto de essa patranha máxima chamada 'colocar as contas públicas em ordem'; 'corrigir o défice'. Tudo isso ao mesmo tempo que, com a outra mão se atribuem tachos a amigos e se onera com mais amigos as empresas Públicas e Público-privadas em perpétua falência com prejuízos de milhares de milhões. O saque insaciável das finanças públicas sempre esteve em perfeita ordem: «A verdade, todavia, é que de uma forma ou de outra os portugueses terão sempre que arcar com as consequências dos erros dos dirigentes que elegeram. Assim, roubados por roubados, que seja com alguma perspectiva de reembolso. Vale a pena pensar nisto.»
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