HAITI, A CONEXÃO BRASILEIRA
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A tragédia haitiana de ontem é tanto mais terrível quanto o défice de informação, por colapso dos respectivos sistemas, joga contra as necessidades de uma assistência humanitária certeira, pressurosa e por isso mesmo mais eficaz. Já se determinaram doze vítimas brasileiras em serviço humanitário àquele território, entre as quais a excepcional Zilda Arns, o que faz temer como provável uma certa internacionalização da catástrofe porque envolvendo vítimas nos planos diplomático e nos serviços de cooperação há muito em decurso naquele território. O Brasil tem uma representação significativa no âmbito da ONU com forças de paz. O responsável da secção consular de Portugal no Haiti, Mário Gomes, residente em Cuba, recebeu instruções para seguir de imediato para Port-au-Prince: «as comunicações com o Haiti continuam muito difíceis, aliás à semelhança de outras representações diplomáticas».
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