FORMAS SUBTIS DE NEGLIGÊNCIA
Um País amplamente electrificado e cheio de choques tecnológicos
que não circunda de comunicabilidade um ponto, percurso ferroviário, nos últimos anos negro
faz-nos pensar que, sem novidade, o discurso oficial não faz justiça à realidade despreziva
a que as infraestruturas do Interior são votadas: talvez porque com animais,
couves e tomates em todos os quintais, lá a vida seja mais barata a toda a gente
que, com pouco e com a emigração, lá vai vivendo?!
lkj
Não sabemos. Sabemos é de estas mortes indirectas e por omissão
só podem ser agenciadas pelos nossos directores, administradores e governantes,
adaptando linhas obsoletas, cheias de pontos críticos,
a máquinas modernas, juntando a falta de outros meios básicos
com a sofreguidão empresarial dos nossos dias.
Depois as mortes que ocorrem são as do que trabalham e crêem
em empresas públicas falidas nas quais se atribuem
prémios de produtividade, longe, muito longe, de medidas sérias,
como as recentes de Fernando Pinto para a TAP.
lkj
Definitivamente, faz falta uma espécie Robin Hood português
que tire de tiranos, abusivos gestores, e dê aos simples o que é de César.
Comments
O problema é que esta via ferroviária, indiscutivelmente uma das mais belas do mundo e uma das maiores atracções turísticas da região, é o principal entrave à construção de uma mega barragem prevista pela EDP na região. Há que encerrá-la, nem que seja compulsivamente. E estes "acidentes" são uma ajuda preciosa para esse encerramento.
Para mim, isto é muito estranho. A verdadeira negligência, neste caso, consiste em não investigar estes "acidentes" como deve ser.
se nao podem assegurar a segurança das pessoas, fechem aquilo e ao mesmo tempo nao construam a barragem