IRLANDA OUT GEÓRGIA IN


Certamente que depois de o mundo todo, a começar pela Europa,
não ter embarcado na guerra que a Geórgia inesperadamente comprou,
não ter manifestado uma solidariedade bélica em defesa de esse país,
mas só diplomática, só verbal, e aqui e ali até bem veemente,
sobretudo pelos Estados Unidos e pela Alemanha, um pouco menos pela França de Sarko,
lkj
Se queriam um argumento para provar a irresponsabilidade leviana da Irlanda
ao não contribuir com o Sim referendário
para a ratificação do Tratado, agora Morto e Frio, de Lisboa,
a Geórgia deu-nos um. Uma Europa fragmentada no plano externo da política internacional
torna-se anedotal, desdenhada e desprezada pelos Russos com a sua célebre força bruta,
e só compensada nesse lado fragmentário na prática pela prática imperial e musculada
das administrações americanas quase sem excepção.
Nenhum país é mais que o todo nem pode chantagear e enfraquecer o todo
através de campanhas populistas e preconceituosas.
Não me agrada uma Europa burocrática e afastada das gentes.
Agrada-me menos ainda o cinismo de dela obter todos os benefícios possíveis
mas negar-lhe todos os deveres necessários que a reforcem.
kjlhkjh
Alguns odeiam o imperialismo americano e parece preferirem o doce imperialismo russo.
Eu, que odeio imperialismos, digo «não, obrigado!» ao Russo
e, confiando muito no lado bom do povo norte-americano,
o lado humanista, pró-activamente pacifista, organizadamente reactivo
e civicamente interventivo, fico só à espera que advenha à humanidade
uma liderança norte-americana
e a primeira a dar o exemplo nos planos ambiental, energético, económico,
e no das relações diplomáticas internacionais,
fazendo regressar a força do multilateralismo nas decisões pela Guerra,
nas opções activas pela Paz.

Comments

antonio ganhão said…
Mas existe outra forma? Não somos como crianças endiabradas que quando as coisas correm mal corremos para o papá?
Anonymous said…
Mas se se quer, naturalmente, uma Europa democrática, não será legítimo aos irlandeses recusar o tratado? Afinal, eles foram os únicos que se puderam pronunciar, contra tudo e contra todos. A favor ou contra esse tipo de construção europeia, há que reconhecer que não se está a proceder democraticamente, nesta questão.

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