OS LENÇÓIS DE IULIA TIMOCHENKO

Podem ser maus os lençóis de Iulia Timochenko

de um estrito ponto de vista nacionalista ucraniano.

Percebeu-se que a demarcação presidencial ucraniana da Rússia é tão forte

quanto por isso mesmo as baldadas tentativas do governo georgiano

em afirmar a soberania sobre a totalidade do território do seu Estado.

Quem cala consente e as facções pró-russa e pró-nacionalista

terão ainda muito tempo e oportunidades para se digladiarem.

Veremos o desfecho de esta acusação.

No terreno, o afastamento de estes dois países, Ucrânia e Geórgia, da órbita russa

para abraçarem decididamente o projecto europeu,

as suas instituições e estruturas, parece imparável.

Os bons exemplos de integração entre países mais orientais

são irresistíveis ante a suspeição habitual da Rússia.

lkj

«A presidência ucraniana acusou hoje a primeira-ministra Iulia Timochenko,

que mantém relações tensas com o chefe de Estado,

Viktor Iuchtchenko, de “alta traição” em benefício de Moscovo,

nomeadamente por não ter condenado a intervenção russa na Geórgia.

“As acções da actual primeira-ministra têm tiques de alta traição

e de corrupção política”, afirmou em comunicado o chefe-adjunto

da administração presidencial Andri Kyslynsky.

lkj

O gabinete da primeira-ministra ainda não comentou estas acusações

e Iulia Timochenko encontra-se actualmente de férias na Sardenha (Itália).

Iulia Timochenko procurou obter o apoio do Kremlin

para as próximas eleições presidenciais,

esperadas para o final de 2009 ou início de 2010,

e não condenou a intervenção militar russa na Geórgia,

contrariamente ao Presidente Iuchtchenko». [Público]