SAÚDE TAMPAX
Ir nascer (ou morrer!) longe é frase adequada a um Povo
que, em matéria de saúde, anda literalmente de Caifás para Anás
e de Herodes para Pilatos até à flegelação e crucificação finais.
Faltam médicos. Há rupturas. Excesso de serviço sobre ombros só humanos.
Dão-se alarmes aflitivos de desequilíbrios e dificuldades.
Talvez seja apenas uma fase, mas estamos paralisados num estado tampax
em sede sanitária, o que nos aflige de terceiro-mundo.
O que foi feito para fluir e sair normalmente deve sair e fluir normalmente.
Ou mudar-se a tempo e a horas, com prudência e inteligência.
lkj
Cheira às consequências de essa a escalada de reformas antecipadas
entre milhares de profissionais experientes,
mas erodidos com as sobrecargas laborais
promulgadas pelos camelos que nos apascentam.
Cheira a encerramento porque não há quem.
Isto dos encerramentos em Portugal é uma coisa formidável.
lkj
«A Maternidade Alfredo da Costa, a maior do país, está no limite da sua capacidade, alerta o director clínico da instituição onde nascem seis mil crianças por ano. A situação agravou-se com o encerramento, desde Julho, da urgência obstétrica de Vila Franca de Xira e, esta semana com a de São Francisco Xavier». [Público]
Comments
Não entendo porque se fecha a maior maternidade do país para se espalhar por vários hospitais, mas isso sou eu que sou inculto.
Como podem sobreviver as maternidades privadas que nascem como cogumelos no parque das Nações?
Pois aí têm a resposta: encerra-se o público!
Encerrar, fechar, alienar, privatizar, são a marca que fica deste xuxalismo só cretino! Valha-nos o tampax! Dá para tudo: para andar de cavalo, para fazer ski, para tudo, segundo a publicidade...
Um abraço da cama onde nasci com o tampax que sempre dispensei.