VÁ PARA A GRÉCIA CÁ DENTRO
«... além das empresas públicas, existe uma miríade de fundações recentemente criadas para a compra de votos e das quais pouco se sabe. A Fundação para as Comunicações Móveis, que serviu de veículo para financiar a oferta dos Magalhães e quejandos, é o exemplo mais significativo. Junte-se a isto o prejuízo das centenas (ou serão já milhares?) de empresas municipais e quase que aposto que chegaremos a um défice efectivo na casa dos 10% do PIB. Preparem-se para ter muitas e desagradáveis surpresas quando Sócrates cair e se destapar tudo o que está escondido.» Luís Rocha
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Por outro lado os juros da dívida grega dispararam após alerta da UE e arrastam Portugal segundo noticia o Jornal de Negócios de hoje.
Alguém acredita que em 2010 com a actividade económica praticamente congelada - PIB c/ crescimento real próximo de zero - e a continuação da rigidez da despesa pública, o defice se fique pelos 8,3 % ? Nem por milagre...
Teixeira dos Santos apela às agências de rating - aquelas que valem o que valem, mas que acabam por fixar os prémios de risco da dívida - para não nos colarem à Grécia. Esquece-se que o deficite triplicou num ano !
Haverá verdadeiramente uma política de contenção sustentada por um acordo político efectivo, ou continuaremos com o habitual descontrolo da despesa pública de há mais de uma década? Além disso a receita fiscal atingiu o tecto máximo, não tem margem para crescer mais!
Igualmente questionável, é o facto de uma parte muito substancial da poítica económica estar fora do orçamento, casos do TGV, construção de novos hospitais e do futuro aeroporto. Isto vai projectar o significativo aumento da dívida pública no futuro e logo os encargos orçamentais futuros com o serviço dessa dívida.
Teixeira dos Santos bem pretende descolar, mas a realidade não o deixa...