BOÇALIDADE A NORTEAR UM ÉPICO PERCURSO
«Quem somos nós (eu) para comentar José Medeiros Ferreira e o que ele diz do PS, do seu PS, que ele conhece tão bem por dentro e por fora? Porém ocorrem-me algumas 'coisas' que ele não refere: sócrates jamais acreditou na vitória de Soares nas presidenciais, e por isso — sem um candidato vencedor — acolheu, pulhamente e aliviado, a proposta 'do velho' e deixou-o 'queimar-se' (calando assim temporariamente um sector arrogante e incómodo do PS-aristocrata e ficando mais à vontade, como ele gosta); táctica. Manuel Maria Carrilho perdeu as autárquicas; aí sócrates terá ficado 'incomodado'; mas apenas porque queria ver MMC embrenhado na Câmara e sem que este lhe fizesse sombra. Depois, enviou-o numa longínqua missão diplomática; significativo. Escolheu — parvamente — o arqueológico Vital Moreira contra o peso-mosca Rangel, embora a vitória deste último muito se tenha ficado a dever também ao facto de Vital achar que o seu passado de anti-fascista e de 'constituinte-vermelho' era suficiente para ganhar; não foi. Mas sócrates só pensava em si e preparava com Teixeira dos Santos, nas caves fundas e alagadas do Ministério das Finanças, a compra do funcionalismo público com 2.9%. Conseguiu-o. Pensava ter ainda tempo (depois) para o resto, ou seja, para si mesmo. Sempre 'ele', o optimista sócrates. Julgo que foi apenas a boçalidade a nortear este épico percurso, e não qualquer complexa estratégia politico-partidária de longo prazo. Edite — a velha edite — é madrinha de sócrates, e uma flor de pessoa; estava bem era para a promoção de enchidos — morcelas negras — do Continente.» Besta Imunda
Comments
Essa dita enquanto presidente do meu município e se lhe dessem tempo provávelmente venderia a Serra às imobiliárias.
Teve que ser um Social-democrata a travar a ganância.
Engraçado não é?