DA IMAGEM OBSCENA À VERDADE CRUA
Após seis anos em que as despesas de imagem devoraram recursos públicos preciosos no seio dos Governos reles socratistas, a promessa eleitoral de constituir um Governo frugal com 10 ministros e 25 secretários de Estado veio romper com a enganosa manipulação gastadora no acessório que a máquina socratista cavalgou. Estratégia de terra queimada para potenciar a confusão e fazer passar um discurso coerente, embora falso, tornou-se inútil resistir à insatisfação crescente da Opinião Pública que a pouco e pouco rompia com a ignorância ignominiosa instilada pelos gestores de rumores. A ideia era simples: o excesso de assessores em marketing político permitiria, pelo seu olhar holístico, um PS-Governo absolutamente blindado da realidade, em plásticas permanentes, manipulando os factos duros da economia, o descontrolo orçamental, as porcarias justiciárias, o desemprego esmagador, os erros de juízo e decisão. Com a tonelagem de discursos optimistas, com o populismo mais rasteiro, pretendeu-se defenestrar as Oposições sob o pretexto de a Crise ser sobretudo internacional. Era a ela e àquelas que importaria apontar o dedo a fim de lhes atribuir todas as responsabilidades. Correu mal. O cadáver político do palhaço palonço parecia vivo e forte, na sua casca ridente. Era de papel. Com Passos e Portas, Portugal e os Portugueses passam a estar no centro. Nem aura messiânica, nem imagem cultivada com zelo, nem carismas de caca. Eis um tempo para gente autêntica. Se Passos mantiver a palavra e Nobre for o Presidente da AR, contra todos os tontos da bloga, contra todos os ressentidos pernetas que permanentemente o amesquinham, então a imagem pela imagem, a treta e a tralha pedante do PSD terão sido derrotadas. Os cidadãos terão penetrado, finalmente, a sua casa de direito: a Assembleia da República, não mais mera coutada nem estufa dos partidos, no pior da sua obsolescência.
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