FOME DE DECÊNCIA

1. Não é nada chocante ser o diplomata Francisco Ribeiro de Menezes o escolhido pelo primeiro-ministro indigitado, Pedro Passos Coelho, para seu chefe de gabinete. A ligação do primeiro ao ministro Amado só abona a favor do diplomata. Luís Amado não foi, afinal, dos piores. A dado passo foi quase corajoso. Parecia ir romper, mas foi incapaz de o fazer cerce com a hidra socratista. Não teve aquela energia de ruptura e denúncia de que só muito poucos se mostram capazes, custe o que custar e não era pouco: só a bancarrota. 2. Se é verdade que nada obstará à tomada de posse do próximo Governo, nem o tesão murcho de José Lello com a impugnação dos votos do Rio, porque até Assis tem-se mostrado decente e razoável, o ques eria mesmo bom era que Pedro Passos Coelho e Paulo Portas abreviassem conversa ao assinar amanhã o acordo político e as bases programáticas na cerimónia prevista para um hotel em Lisboa. Há uma linguagem que aguardamos ardentemente: a da decência desde a primeira hora. 3. Se, para a pasta das Finanças, está previsto um cérebro independente, sem filiação partidária, seria luminoso que Santana Castilho viesse fazer na Educação o contrário do que tem denunciado e autopsiado com palavra afiada, profética e certeira. Terão o PSD e o CDS coragem para tanto?

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