DO PORTUGAL IMUNDO
As gralhas e as grafonolas da mentira multiplicam-se em atenuantes e generalizações:
«Quem não beneficiou já de uma qualquer cunha?»
«Quem não traficou já um favor qualquer?»
«Quem não pagou já algum interesse com uma posição?»
Vejo duas balizas e abrem-se árvores numa folhagem jovem: primaveriza,
faz calor e há um Portugal mole que acorda ainda mais merceeiro e preguiçoso.
Sente-se no ar, como um grande cartaz nacionalista policiado,
que o PS é aquela espécie de máfia laica e corrupta que dá tau-tau
a quem se mete balbinamente com ele.
PSSSST, você já pensou em despedir a coisa mole e mentirosa chamada 'partidos'?
Os partidos fazem pouco de nós,
troçam da nossa cara, sobretudo o PS, que é um lupanar de padrinhos na podridão
beneficiada e acomodada às tetas silenciadoras das sinecuras.
A chantagem pró-opção sim referendária é uma inovação em Portugal
e representa o produto mais podre e decadente vendido pelo PS num século inteiro.
Já não há valores nos corredores do poder.
Só há pragmatismo e a arte de ser cabrão.
Aldrabice por aldrabice, escândalo por escândalo,
- a vida humana é vida humana,
não é excrescência opcional, não é nódulo cancerigeno, tumor.
Pois que a deriva da vaidade,
que a gula do mando,
que a brutalidade decisória se paguem caras!
Que esta gente a vomitar uma espécie de Machiavelli grosseiro
seja educada pelo efeito boomerangue dos próprios actos!
Que a inconstitucionalidade das clínicas filhas da puta e do Diabo
rebrilhe culpada de trinta dinheiros, os que custa qualquer traição,
mormente a traição à Inocência
e à Espécie, que uma Lei imunda tenha a sua devolução qualitativa.
Sibilino o digo!
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