AS CENOURAS DO PS
O facto de Fernando Nobre não ser um mentiroso profissional, um cara de pau, um fingido, não ter as artificialidades do discurso, da pose e da impecabilidade falsa dos políticos mais gastos do nosso panorama, parece que é mau. Ele pode desejar devolver o Parlamento aos cidadãos, quer na proximidade quer na exigência directa. Não interessa. Às cenouras do PS e dos seus assessores especialistas em supositórios mediáticos, a malta dos blogues e dos fora atira-se a Nobre como Maomé não se atirou ao toucinho e faz incidir os focos sobre Passos como não linguajou nem escrutinou Sócrates e a sua putrescente influência degradante. Ora Sócrates, cada vez que abre a boca, e ainda a abre com descaramento, envergonha e ofende. Era preciso mobilizar a sociedade para processar o Primadonna e colocá-lo higienicamente na prisão: os custos do seu sorriso escarninho são insuportáveis, ele que não governava com o FMI e agora concorre a governar não com mas sob o FMI de Dominique Strauss-Kahn. Não. A paixão politiqueira e tachista cega e é por isso que o País dos sanguessugas vai triunfando da nossa resiliente bovinidade.
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