O CABRÃO DO CÁLCULO POLÍTICO

Indiscutivelmente, as velhas e repetidas figuras do emplastro Sócrates e da múmia Cavaco, cada qual na proporção que lhe compete, são passíveis de prisão devido ao cortejo de actos e omissões nos últimos dois anos desastrosos. Ambos jogaram com o tempo, procurando que o tempo os bafejasse. O País podia esperar. Não podia! Um, com tacticismo e tácita condescendência inerte em face de más políticas, absteve-se de hostilizar o desgoverno a fim de se reeleger: pecado grave de omissão. Outro, com dolo e malícia, mentindo com quantos dentes tinha na boca dourava a negrura em que nos lançava, a fim de se manter e durar pelo gozo narcisista de durar: pecado grave de mentira contumaz, avidez devorista, gula sectária. O preço mostra-se altíssimo, revelando a extensão de um crime que é comum: esta bancarrota anunciada. Qualquer deles merece prisão no grau variável das responsabilidades directas. Com um Rei, nada disto se verificaria, note-se bem: nada a dizer se a nossa República fosse boa e boa para com os cidadãos. Não é. Nada mais devastador e falso que a ordem subliminar que pune o cidadão e protege o bandido. É bom que o próximo Governo tenha os melhores a dizer as verdades, os mais inteligentes e desprendidos a decidir bem. É bom que as eleições a cinco de Junho punam exemplarmente o partido socialista da Bancarrota, que engordou e anafou os seus. Se não punir, Portugal não é digno dos seus filhos, netos, bisnetos, trinetos que aliás emigram e emigrarão aos milhares/mês. 

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