VIRAL CAMPANHA VIL

A principal qualidade de Passos Coelho é nada ter a ver com José Sócrates em quem não se acredita e carece de encarceramento, se isto-País quiser regenerar-se. Um convida Nobre e obtém o seu assentimento. O outro desencadeia contra o convidado uma sórdida e inominável campanha de denegrimento. Malignamente, certos intelectuais, que mergulham nas águas do Atlântico mas não mergulham em mais nada de cívico, idealista ou abnegado, rebaixam Nobre com um argumentário de casta. Fazem mal. Já bastava o spin socialista, esse batalhão de assessores pagos a peso de ouro, especializado na virose mental, nos rumores de alta engenharia psíquica ou psicopatológica e ataques concertados. Há dúvidas sobre o master mind por detrás da detracção violentíssima de que Cavaco foi alvo durante a campanha para as presidenciais?! Mas tudo se resume nisto: Nobre aceitou a «proposta arrojada» de Passos Coelho. Aceitou, pois este «está interessado em ouvir a cidadania». Aceitou pela «empatia pessoal que teve em relação ao líder social-democrata, um ser humano em que acredito». «Se eu for eleito presidente da Assembleia da República, tenho um poder de criar pontes, consensos, sensibilizar», «transformar a casa da democracia na casa da cidadania». Acredito na frescura e na pureza de Nobre. A democracia anquilosada, escalavrada e mentirosa em Portugal necessita dele