CANAVILHAS, UM RETRATO FÍSICO-MORAL
«Canavilhas teve, de facto, o atrevimento e a gireza petulantes próprios dos idiotas — coisa que ela é em larguíssima medida. Pode até querer 'parecer vamp'; concordo consigo. Mas ambos sabemos que 'ela' não é isso — a não ser para velhos súcias do Rato e para jovens deputados impúberes, fáceis de contentar. Por debaixo daquela 'túnica' justa que lhe desenhava lamentavelmente o glúteo gordo (vestimenta mais apropriada a ambientes de esplanada com Bolas-Nivia) está um corpo de mulher madura, já gasta e gravítica, muitos sinais, muita ruga, muita gelha, muita fenda, muito papo, muita cena encravada (pen-pin) — e tudo isto devastado por mil massagens revitalizadoras com lama, frutos, conchas, pedras, fumos, cremes; em vão. A boca de Canavilhas está sempre rebeldemente (tontamente) pintada (esborratada) de vermelho — um vermelho de extintor, de marco de correio, de tomates em conserva, de sinal de perigo — constante tentativa de um chamariz lascivo e bestial prometendo tudo. Mas tudo tem o seu devido lugar; pode ser que, com tanta sala lá para S. Bento, Gabriela (Gabrielle) encontre uma bem confortável onde hipnotizar rapazes e encantar senadores.» Besta Imunda
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não gosto de ratas velhas