ELE NÃO GOVERNAVA. PROCESSAVA
Os processos que Sócrates levantou contra alguns jornalistas revelaram o que faltava à farsa da sua impessoalidade enquanto político demasiado susceptível e melindrável no plano da crítica jornalística. O homem não governa. Pavoneava-se. Levar um jornalista a tribunal, com o respaldo dos mega-advogados, os mais caros da Europa e sobretudo os mais caros ao Estado Português [Júdice/Proença], foi a forma de pressionar o pobre jornalista e de o inibir, tentativa demasiado frequente nos últimos Governos socialistas de anular a liberdade de expressão: ora, a opinadores livres dos óbulos de Sócrates [muito poucos efectivamente], como João Miguel Tavares, fez-se alguma justiça, defendendo-o dos abusos de atenção e melindre por parte do Poder Político. No caso de Sócrates, ter sido poderoso foi ter sido mesquinho e preocupar-se com a ínfima opinião contrária a si, porque o cerne propagandesco era a imagem e o representar vácuo da própria vacuidade inchada. Nada mais obsessivo e mais louco que só mesmo Sócrates para ter avançado, aliado a Marinho Pinto e aos demais advogados do Poder, contra jornalistas e contra magistrados, numa heroicidade obtusa de quem, na verdade, nada mais tinha que fazer senão maquilhar o próprio ego e sobreexpor-se mediaticamente. Ele não governava. Processava, zelando pela sua imagem, única obsessão, única missão. Único nada legado aos herdeiros da troyka, da dívida e da miséria.
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Ass.: Besta Imunda