RELAPSOS NA CRIMINAL LOUCURA PINTO-DE-SOUSA
«Os soares, os adões, os alegres, os tó-zés, os jardins, os proenças e os da silva, os zorros e os zorrinhos, os inventores e os chulamente-montados-no-orçamento, os nicolaus, os ricardos e os balsemões, os jornalistas e os opinadores, os das juntas e os das comissões — todos protestam e juram a pés juntos que seria possível (na perfeição!...) ter estas falas soberbas para com os nossos credores e prestamistas: "ora nós, para continuarmos a viver, precisamos de Tanto; mas exigimos continuar na mesma, e mudar NADA no nosso modo de vida. Por isso passem para cá o dinheiro"; e "eles", a tremer das pernas, passavam. O Estado Social, tal como o conhecemos, nasceu em alturas de crescimento económico de dois dígitos, em alturas em que as mulheres começavam a entrar finalmente no mercado de trabalho, em alturas em que as matérias primas eram baratas, em altura em que havia muito mais 'novos' do que 'velhos', e em que as reformas eram pagas ao longo de 6 a 7 escassos anos (após os quais o beneficiário esticava o pernil com rapidez e sem ressonâncias magnéticas...); mas nada disto existe mais. Ignorar estes factos não é só fantasia; é uma irresponsabilidade que bordeja a criminal loucura de pinto-de-sousa. O barrete serve até onde cada um aceitar.» Besta Imunda
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