TIMOR, OS MEDIA PERDIDOS E A BLOGOSFERA


Ainda os Media tradicionais estão a fingir digerir uma versão duvidosa
e já a blogosfera acabou a digestão dos elementos informativos
mais aproximados dos factos e a trabalhar com as fontes mais rigorosas e fidedignas.
Como imensas vezes, por isso mesmo é que é um blogue excepcional!,
o Pau Para Toda a Obra leva a dianteira
em matéria de boa, certeira e independente informação,
assim como de antecipação aos Media tradicionais, [às TV's,
talvez à Imprensa on-line (o que quer que isto seja!)], cada vez mais Lost,
pelo menos no cronómetro.
Bom trabalho, João! Mais uma vez de parabéns!
lkj
«Uma fonte muito credível em Díli afirmou ao PPTAO
que "tudo o que se está a dizer sobre o atentado ao Zé Horta é mentira.
Não houve atentado nenhum.
O que se passou é que o Horta tinha combinado um encontro secreto em sua casa
com o Reinado para resolver de uma vez por todas o problema.
lkj
O Reinado foi para casa do Horta com dois homens e deixou outros quatro
à distância a controlar a estrada. Ainda antes do nascer do Sol
quando lá chegou foi-lhe dito por um dos seguranças
que o Presidente tinha ido correr e que não estava.
lkj
O Reinado forçou a entrada e o segurança não gostou.
Troca de palavras, ânimos exaltados
e o segurança matou o Reinado e outro homem dele.
Entretanto, o Horta ouviu disparos e regressou a casa.
Como os homens do Reinado que ficaram escondidos no exterior
se aperceberam de coisa grave dispararam para o Horta quando ele passou.
lkj
É mentira que tenha sido um golpe de Estado.
Era uma reunião combinada entre o Reinado e o Presidente.
Pode-se dizer que era um pequeno-almoço que acabou em tragédia.
O Presidente depois de ficar bom pode dizer a verdade se quiser",
estas as palavras importantíssimas e que vêm, de algum modo,
provocar um volte-face sobre os acontecimentos, da nossa fonte credível a parir de Díli.
lkj
Esta nova versão tem algo de lógico e vejamos:
Foi sempre Ramos Horta que defendeu Alfredo Reinado;
Foi Ramos Horta que manteve encontros secretos com Alfredo Reinado
para se negociar a situação do próprio major e dos outros peticionários;
Foi Ramos Horta que deu indicações "presidenciais" às Forças Armadas australianas
para cessarem a perseguição a Alfredo Reinado;
Foi Ramos Horta que permitiu o regresso de Alfredo Reinado a Díli;
Foi Ramos Horta que não permitiu o cumprimento da decisão do tribunal
no sentido de Alfredo Reinado ser detido e presente a julgamento
e foi ainda Ramos Horta que entrou em litígio pessoal com os juízes portugueses
em comissão de serviço em Timor-Leste,
em grande parte devido à situação de Alfredo Reinado.
lkj
Na verdade, o major não tinha qualquer justificação para tomar uma posição de força
contra o seu maior defensor. Entretanto, o líder da Fretilin, Mari Alkatiri,
em declarações à Lusa, manifestou uma posição de certo modo similar
com a descrita pela nossa fonte de Díli.
Num despacho da Lusa lê-se: Mari Alkatiri, secretário-geral da Fretilin
e ex-primeiro-ministrou, condenou os ataques
mas lançou a sua dúvida metódica:
"Que alguém explique por que razão queriam matar José Ramos-Horta,
que foi quem mais 'protegeu', entre aspas, Alfredo Reinado".»
lkj
via João Severino, Pau Para Toda a Obra

Comments

quintarantino said…
Informação credível ou em versão alternativa?
Mas levanta questões interessantes.
Contacte-nos said…
Perfeitamente credível, bem que me estranhava o major ter sido morto 1 hora antes do ataque a Ramos Horta...e ninguém se perguntava porquê?

Desgraça de Ardinas que nós temos.

finalmente esclarecido, um bem hajas Joshua.
antonio ganhão said…
Hum! E com quem foi Xanana tomar o pequeno almoço?
Caro António:

Xanana não tomou o pequeno-almoço com quem tinha combinado porque não quis. Outro grupo pertencente ao exército rebelde de Alfredo Reinado foi mandado por este a casa de Xanana para trazer determinados
documentos assinados (compromissos entre as partes) para a residência de Ramos Horta. Esse grupo quando aguardava por luz verde para que o seu mensageiro avançasse confirmou que Xanana iria seguir para Díli sem cumprir o acordado. À paasagem do seu jipe fizeram alguns disparos para o ar e para os pneumáticos a fim de anunciar a sua presença (não há qualquer marca de bala na carroçaria do veículo demonstrando que nunca houve intenção de atingir Xanana). Não houve intenções maléficas desses homens, caso contrário tinham-se dirigido a casa de Xanana e tinham morto a sua mulher e filhos que ali se encontravam praticamente indefesas.

O António já pensou que não existe em país algum do mundo que se tenha levado a cabo um "Golpe de Estado" sem que a acção tenha o apoio de uma parte significativa das Forças Armadas, que se ocupe o Palácio do Governo ou do Presidente, os quartéis-generais das Forças de Segurança, as estações de rádio, televisão e comunicações, no mínimo. Nada disso aconteceu em Timor-Leste.

António
aprenda uma coisa: em Timor-Leste o que é dito aos jornalistas sobre qualquer acontecimento significa que a verdade está muito longe...

Caro Joshua:

Não sou merecedor dos seus encómios. Sempre lutei ao longo da vida pela verdade dos factos. Por isso, tenho tido grandes dissabores. O seu reconhecimento pelo meu trabalho no blogue sensibiliza-me profundamente. Bem-haja.
Anonymous said…
Para o João Severino, o reconhecimento é justo, sem dúvida. Mais merecido pela qualidade de quem o reconhece.

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