CONTRA A TIRANIA, POESIA
Li três vezes as 786 páginas da Teoria da Literatura, José do Carmo Francisco, e posso dizer que é um dos meus livros preferidos e de referência no estudo da Literatura. Cérebros como o do Vítor não nascem nas Novas Oportunidades ou da pressão por 'sucesso' de aviário, pressão de que todas as escolas públicas são alvo. De algum modo, a citação fantástica do Vítor [«Contra a maré alta do ódio, da barbárie e da indiferença egoísta é necessário redescobrir em tantos milhões de condenados o rosto desfigurado da mulher e do homem, seja qual dor a sua etnia, a sua religião ou o seu credo político para defender e respeitar os valores irrenunciáveis da sua dignidade. A literatura e as humanidades em geral não podem eximir-se a este imperativo ético que transcende as ideologias e os compromissos políticos e é inconciliável com bizantinismos estéticos. Depois de Auschwitz continua a haver genocídios, campos concentracionários, tortura e escravidão. É por isso que é necessário que haja poesia e que haja poetas».] aplica-se plenamente à tirania de propaganda metodologicamente nazi do socratismo enquanto extintor do contraditório, da ética, da verdade, da autenticidade, do humanismo benigno e sensível à diferença, ao outro, que reduziu Portugal ao campo concentracionário do mono absolutismo monocolor primadonnesco. E quando falamos em escassez de poesia, podemos incluir o estratégico chuto para canto do Contra-Informação, a sábia domesticação com euros dos Gato Fedorento mediante o braço conspiratório socialista-socratista PT ou a morte radical de um verdadeiro Ministério da Cultura. O socratismo tem sido uma maldade contumaz a Portugal. Oxalá finde.
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