DA MEDIANIA TRIBAL E COMÁDRICA
«A circunstância de Lídia Jorge fascinar a mediania tribal e comádrica em vigor no pequenino mundo das letras portuguesas não passa, por isso mesmo, de um gesto de propaganda como qualquer outro em outras áreas. A sua carta (o "assunto") é como a ostra do poema de Ponge no sentido em que revela, na perfeição, o modo de ser daquilo que passa por literatura portuguesa contemporânea em versão "romance": tout un monde opiniâtrement clos. Um mundo no qual importam mais as entrevistas certas e as "estrelas" — em casos de patologia literata avançada e compulsiva, como Eduardo Pitta, a gastronomia e a vitivinicultura fazem parte da "pensão completa" — do que a qualidade intrínseca da obra. É o que há.» João Gonçalves
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é escrita em papel higiénico
e pensada com os neurónios da cabeça da gaita dos enrrabadores.