PASSOS OU A REVOLUÇÃO SILENCIOSA
Acredito na Europa, apesar da Grécia. Se esta compromete o projecto do Euro e a unidade do continente é do interesse de todos encontrar uma solução sábia que impeça o abismo que sorverá e derrubará, no seu provável colapso, não apenas a si mesma, mas boa parte da economia mundial. O Mundo já compreendeu que não poderá deixar cair a Europa sem se estatelar dolorosamente no processo. Não é do interesse da China nem do Brasil nem da Índia nem da Rússia o colapso provável, até iminente, da Europa. Entretanto, é bom termos um Governo cujo primeiro-ministro assume, honesto, a probabilidade de um segundo resgate, tem um pensamento realista acerca da TSU, enfrenta com sobriedade as dívidas da Madeira e das empresas de transportes falidas, ignora a falsidade oportunista do enésimo inquérito-crime do Procurador Pinto Monteiro, aproveitando a onda, à situação madeirense. É reconfortante um Governo que, pela mão do ministro Relvas, desmantela a quantidade colossal de tetinas inúteis e caras na Administração Local, por mais que estrebuchem os funcionarizados dependentes que o socialismo nutriu e cevou. Quanto à Europa e ao Mundo, dispensam bem o desespero ressabiado e o pessimismo anal. Busque-se o êxodo dos problemas e o êxito neles. A implosão do Euro não é uma fatalidade nem sequer uma opção. Há uma revolução silenciosa no emagrecimento de uma administração sebosa e na transformação cultural de uma lógica de dependência estatal para outra de trabalho pelo trabalho. Haja o que houver na Europa e no resto do planeta, essa revolução, que é nossa, far-se-á certamente.
Comments
"Estamos disponíveis para soluções positivas, não para penhorar futuro tapando com impostos o que não se corta na despesa."
"Aceitarei reduções nas deduções no dia em que o Governo anunciar que vai reduzir a carga fiscal às famílias."
"Sabemos hoje que o Governo fez de conta. Disse que ia cortar e não cortou."
"Nas despesas correntes do Estado, há 10% a 15% de despesas que podem ser reduzidas."
"O pior que pode acontecer a Portugal neste momento é que todas as situações financeiras não venham para cima da mesa."
"Aqueles que são responsáveis pelo resvalar da despesa têm de ser civil e criminalmente responsáveis pelos seus actos."
"Vamos ter de cortar em gorduras e de poupar. O Estado vai ter de fazer austeridade, basta de aplicá-la só aos cidadãos."
"Ninguém nos verá impor sacrifícios aos que mais precisam. Os que têm mais terão que ajudar os que têm menos."
"Queremos transferir parte dos sacrifícios que se exigem às famílias e às empresas para o Estado."
"Já estamos fartos de um Governo que nunca sabe o que diz e nunca sabe o que assina em nome de Portugal."
"O Governo está-se a refugiar em desculpas para não dizer como é que tenciona concretizar a baixa da TSU com que se comprometeu no memorando."
"Para salvaguardar a coesão social prefiro onerar escalões mais elevados de IRS de modo a desonerar a classe média e baixa."
"Se vier a ser necessário algum ajustamento fiscal, será canalizado para o consumo e não para o rendimento das pessoas."
"Se formos Governo, posso garantir que não será necessário despedir pessoas nem cortar mais salários para sanear o sistema português."
"A ideia que se foi gerando de que o PSD vai aumentar o IVA não tem fundamento."
"A pior coisa é ter um Governo fraco. Um Governo mais forte imporá menos sacrifícios aos contribuintes e aos cidadãos."
"Não aceitaremos chantagens de estabilidade, não aceitamos o clima emocional de que quem não está caladinho não é patriota"
"O PSD chumbou o PEC 4 porque tem de se dizer basta: a austeridade não pode incidir sempre no aumento de impostos e no corte de rendimento."
"Já ouvi o primeiro-ministro dizer que o PSD quer acabar com o 13.º mês, mas nós nunca falámos disso e é um disparate."
"Como é possível manter um governo em que um primeiro-ministro mente?"
Conta de Twitter de Passos Coelho (@passoscoelho), iniciada a 6 de Março de 2010. Os tuites aqui transcritos foram publicados entre Março de 2010 e Junho de 2011
2 - "Estamos disponíveis para soluções positivas, não para penhorar futuro tapando com impostos o que não se corta na despesa." Mas a governação PSD reduz a despesa (coisa que Sócrates não fez), ainda que se veja obrigada a lançar, simultaneamente, mais impostos.
3 - "Aceitarei reduções nas deduções no dia em que o Governo anunciar que vai reduzir a carga fiscal às famílias." Ao invés, o Governo PS afundou ainda mais o estado financeiro do País, obrigando agora à adopção de medidas mais drásticas.
isto e o resto aqui: http://claustrofobias.blogspot.com/2011/09/passos-coelho-17-fernanda-cancio-3.html