UM MORTO, VÁRIOS CHÁVEZ

A notícia tem sido explorada até à náusea. Horrendo o tempo que se perde na sofreguidão abutrina de cobrir uma morte anunciada. Cansaço. Pastilhas e injecções de tagarelice transbordam os painéis da SICN, [onde a grenha de Nuno Rogeiro pontifica, grisalha e descomposta e a barba adamastor de Pacheco Pereira brilha para sedução de mil ninfas], TVI24, RTPI. Foi só uma morte. Nada mais que uma morte. Para todos os efeitos, morreu um homem que foi vários, o último dos quais um devoto cristão. Nada apaga a imagem de uma Venezuela caótica, criminal, fanatizada, cuja elite política não consta passe mal.

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