IRONIZANDO COM O LIXO
Achei o máximo o artigo de opinião de Sílvia de Oliveira, do qual transcrevo de seguida um excerto. Pela carga sarcástica que encerra e pelo resumo de uma realidade insustentável. Sócrates é, ainda!, um enorme vómito que se atura e que apodrece Portugal: onde quer que vá e o que quer que toque, infecta. Intacto, apesar de podre, no que à mais crassa transgressão dos valores éticos, humanísticos diz respeito. Incólume, apesar de escarrar e insultar a nossa pseudo democracia. Letal, impiedoso, incompetente, narcisista até à quinta casa, teve a mãozinha de Passos Coelho, uma miséria de conivência e hesitações com esta putrescência, jogado e utilizado por esta putrescência, alguém de quem já podemos ter vergonha, imensa vergonha apenas por essa subalternização ao lixo e reflexo baço dele. Estão bem um para o outro, horrorosos ambos nas águas mortas e na espessa carga de desonestidade política que fazem impender sobre os portugueses. Há quem se esqueça dos directamente esmagados e perseguidos pelas políticas de merda, inconsequentes, cruéis e tiranas de Sócrates, enquanto a maioria socratista era absoluta e a clientela se cevava largamente. A "maioria relativa" deixa agora essas vítimas mais ou menos em paz, embora sob ameaça, mas a fera medonha ainda está lá. Não se enxerga e está lá, à espera de ressurgir novamente forte e berlusconizada das cinzas, medonha impunidade nacional. Toda a peçonha ainda está lá, a fingir humildade e recato, intacta na mentira e na ventosa horrenda ao Poder. Uma clique de perigosos aficionados do Poder a todo o transe: «A verdade, a mais pura, é que há muito tempo que este país não estava tão bem entregue, a um primeiro-ministro competente, consequente e tão determinado que até surpreende como é que ainda se mantém em funções depois de ter sido alvo de tanta injustiça. Terão os funcionários públicos ouvido bem quando Sócrates disse, há dias, que não haverá cortes de salários? Nunca houve do que duvidar. E, já agora, uma palavra igualmente importante para a oposição. Passos Coelho tem sido de uma responsabilidade incansável, é de reconhecer o seu sentido de Estado e um desapego ao poder sem precedentes. Para o líder do PSD, o que importa, registe-se, não é chegar ao poder, muito menos já. Um dia e só se for caso disso.» Sílvia de Oliveira
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fica a peçonha'