DA SERVIL MEDIARREIA PORTUGUESA

Será que há dúvidas sobre o modo sorna como o PS controla a arte comunicacional, a comunicação social e amplifica a eficácia do discurso mais falsificado que já se viu em Portugal? Dizer que o PSD conta com SIC, TVI, RTP-N, parte da RTP, Expresso, Público, DN, Correio da Manhã, Sol, Renascença, parte da TSF equivale a encobrir quanta da opinião creditada nesses media desacreditam Passos Coelho todos os dias, babando para cima do sr. Fraude. A poderosa máquina de propaganda de Sócrates, além de um batalhão de assessores onde funções governativas se fundem com funções de desinformação política e caça em matilha ao carácter que se lhes oponha, assentou praça nos comentadores a soldo do Prós e Contras, do Jornal da Tarde da RTP, nos volúveis Luís Delgado,  Adão e Silva, Miguel Sousa Tavares, que veiculam o tipo de rumor e ruído que o Câmara Corporativa fabrica torrencialmente. Isto sem contar com os serviços caros de sondagens à medida a fim de instilar desânimo, inflacionar a popularidade de que o cansativo Primadonna pensa gozar. Depois vêm dizer cínica e dolosamente que o PSD tem condições propícias para ganhar as eleições por defrontar um PS desgastado, indissociavelmente ligado ao recurso ao FMI, mas que, mesmo assim, não consegue descolar nas tais sondagens postas a gosto e a jeito deste argumentário hipócrita. Qual é a mensagem subliminar? A mensagem a inferir é esta: há que desacreditar o adversário, reduzi-lo aos seus erros e gaffes, amplificá-los. Repetir à exaustão que se isto está mal com o PS, pior ficará com o PSD. Repetir obsessivamente, até que a anal voz a soldo lhes doa que, afinal, o PSD apresenta como candidato a 1.º ministro nada mais que uma pessoa inábil e impreparada. Veicular por aqui e por além que Passos não convence ninguém, e até desenterra um cadáver para Ministro das Finanças, um avozinho rezingão e malcriado, completamente desactualizado face ao mundo que vivemos. Esse é o maligno processo. Essa é a maligna mensagem. Cercam um homem sábio, desprendido, sem nada a perder, como Catroga, dos preconceitos maliciosos que amesquinham o mensageiro. Precisamente a partir do centro da grande piscina-lodaçal de insultos e desrespeito em que toda a governação socratista assentou, vêm apodar Catroga de insultuoso? Se chama mentiroso a Sócrates é porque, ao contrário de outros básicos covardes, nada tem a temer nem pela vida nem pelos broches políticos com que demasiados sobem na vida. E nem sequer é o único a dizê-lo nesse ponto límpido e meridiano: António Barreto já o disse. Carrilho também. Wolfgang Munchau também. Henrique Neto também. A lista não acaba.