SIMON SAYS
Concordaria de caras com o economista Simon Tilford quando profetiza, sibilino, porque nisso crê, que Portugal e a Grécia poderão sair da zona euro dentro de poucos anos, mesmo com o plano de assistência financeiro a Portugal desenhado pela UE e o FMI ter previsto medidas menos draconianas do que as dos pacotes de ajuda à Grécia e à Irlanda. Concordaria, caso o PS ganhasse as próximas legislativas. Habituado a mentir e a trair, o Primadonna trairia trimestralmente a troyka para que as clientelas conservassem o quinhão por que zelam, quinhão de que não abdicam e nos trouxe, com as suas negociatas e aventuras, até este ponto. Sócrates faria impender sobre o Povo todos os sacrifícios, apesar das palavras em sentido inverso, e jamais sobre o obsceno Estado Corporativo, Clientelar, Sequestrado, bicho que nutriu diligentemente ao longo destes seis anos. Simon Tilford só terá razão no que prognostica, se se verificar efectivamente a aparente deriva portuguesa para o abismo, ensaiada em certas sondagens mal amanhadas para caucionar absurdamente a fraude e a incúria políticas socratistas. No artigo publicado ontem no Financial Times, Simon says que o programa de ajustamento português, tal como os insuficientes, mas anunciados como definitivos, PEC I, II e III demonstraram, redundará em insuficiência e “vai certamente sofrer um destino semelhante” ao do grego: falhar, portanto. Os malefícios de trapacear, meu Deus, ó vício do ludíbrio! Hoje, é-nos tão vital o capital da palavra dada e credível quanto aumentar exportações, comer do que semeamos e colhemos, comer do que apascentamos e pescamos. Provemos a Simon he's wrong.
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com meias des-câncio