SÓCRATES E OS MALEFÍCIOS DA DÍVIDA
Evidentemente que se exulta pelo facto de Passos ter ganho clamorosamente o debate. Não é preciso que venha dizê-lo, sibilino, Miguel Sousa Tavares, dando uma no cravo e outra na ferradura, nem que, rendido, o declare o convertido João Marcelino. Para tal bastou que Sócrates mostrasse estar irredutível na sua cassete enfezada e estafada, manifestando o primarismo com que tem conspurcado os destinos de Portugal. Passos tem a seu favor a virgindade de principiante, mas a firmeza e ousadia de um D. João I, Mestre de Avis, sensível às gentes, defendendo a sustentabilidade do Estado Português de modo racional e límpido, conforme desejamos. Não se espera outra coisa que o limpar de amiguismos o cerne da Decisão Política e este alimentar-celebrar da nossa Esperança. Sócrates aos seus, ao do seu Partido e aos paquistaneses que lhe servem de claque, dará o que puder, lanches e bugigangas. Não pode comprar os que o observam e conhecem pelos frutos e colocam acima de qualquer outra coisa o amor a Portugal e o respeito pelos Portugueses, não a sigla enganadora. Durante o debate, ao Primadonna não foi suficiente, longe disso, passar o tempo ao ataque, cuspindo, rosnando, ladrando, investindo contra o moderador, descentrando de si e dos seus seis anos de devastação todo o ónus de responsabilidade disponível e por esclarecer. Teria sido demasiado simples interromper Passos, meter veneno, manter aquele sorriso insultuoso, deslavado, desdenhoso, cínico, como se nos não pesasse o seu desatino criminoso. Ele que significa 700 mil desempregados e uma dívida absolutamente calamitosa.
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