DESPESISMO ENRUSTIDO

Se se prosseguir obcecadamente numa linha dissecadora da questão madeirense, vomito. Não vale a pena virem agora com os méritos do Governo Sócrates na guerra política contra Alberto João Jardim: quem vai à guerra dá e leva. A Madeira tragicamente beneficiou da solidariedade nacional e pôs-se a jeito do oportunismo político e eleitoral dos socratistas: o Governo Sócrates deu o exemplo de uma política incontornável de sistemática, deliberada mas enrustida, ocultação/omissão dos compromissos financeiros, basta recordar a espessa manipulação e submissão a que o INE e o BP longamente se prestaram, colocando-se ao serviço dos desígnios políticos socialistas e não da verdade dos números, o que nos trouxe aonde estamos. A tomada de posição pública do líder do PSD e actual PM sobre o poder que incumbe aos eleitores da Madeira e do PSD regional de afastar ou punir Jardim deveria fazer recordar a estratégia socratista de hostilização e insubmissão do Governo Regional dos Açores ao Presidente da República que culminou na incapacidade do anterior Governo suscitar do pequeno césar Carlos César a exemplar participação dos funcionários públicos regionais no esforço dos demais contribuintes. Escamotear isto é, simultaneamente, um caso notável de hipocrisia política e de evidente excesso duplipensante: para os socialistas, só há moralidade quando comem os outros. Além disso, para os mesmos doentios sugadores socialistas, ser o PR presidente de todos os portugueses e não apenas daqueles que votaram nele e no PSD parece não se aplicar quando se trata de ser Presidente de todos os açorianos haja em vista alguns anos de insolência e perturbação do primeiro mandato cavaconiano. Portanto, e concluindo, o Governo Sócrates simplesmente aprendeu a contra-chantagear Alberto João Jardim, hábil chantagista-populista, e perdeu. Perdeu o tesão graças à tragédia insular. Jardim também perdeu. Ao retardador, mas perdeu. Agora clama por tombo político-eleitoral, se Deus for grande. Na Madeira nunca se sabe. O Carnaval incrusta-se e dura, dura, dura. Cá o que se incrusta é a sem-vergonha socialistóide com o cadáver vivo da monstruosa dívida nacional ainda quente, a cuja agonia e morte se aplicaram, e já a cuspir para o lado e a apontar o dedinho que aliás nunca deveriam tirar do quentinho onde se acoita.

Comments

Miguel said…
Eu volto à mesma, E os Irlandeses?

Os irlandeses, com calma, lá se vão pisgando.

http://online.wsj.com/article/SB10001424053111904875404576530613971799994.html

"Ireland's recovery has led some economists to question whether the Keynesian orthodoxy that austerity is inimical to growth is necessarily true. After all, if Ireland can grow through such punishing fiscal retrenchments, surely other economies can as well."

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