LUDIBRIADO, PARDO E ANÉMICO

O melhor que um País pardo e anémico poderia desejar era, há três meses, o culminar eleitoral de uma crise política que rompesse fundo com um apodrecimento de largo espectro introduzido pelos socratistas no aparelho de Estado, nas sociedade civil, na disfunção justiciária, no ludíbrio vicioso dos media, na falsificação da economia. Logo um País como o nosso, com exígua massa crítica e desprezo pelo acompanhamento da acção política, demasiado alheado e residual para construir um lóbi cívico e a-partidário. Após o Poder político ter sido sequestrado por uma clique de bestas assentes na imagem e não na verdade, fazia todo o sentido limpar Portugal dos seus pulgões socialistas: é graças às relíquias de dívida imprevista, buracos ocultos e outras ocultações sornas que vamos tomando consciência plena dos malefícios do passado recente. Não se pode ser honesto e defender o socratismo por contraste com as circunstâncias presentes. Quem como o socratismo para minar qualquer espécie de consenso político e trair qualquer palavra dada? Quem mais traiçoeiro e falsário no trato com as demais forças vivas nacionais? Se o PEC IV foi urdido por cima e para além dos demais partidos, falho de qualquer réstia de verdade, nada mais que acto traiçoeiro de chantagem, não havia outra via senão romper e começar de novo. Mas nunca percamos de vista que a Europa é uma entidade doente, minada por burocracia, por egoísmos nacionais, envenenada de graves problemas e graves desequilíbrios entre o PIB e uma desproporcional despesa social, incapaz de pensar-se em bloco e portanto de harmonizar os fardos fiscais e as desigualdades aviltadoras. Resta-nos fazer a nossa parte. Cumprir muito além do esperável com os compromissos assumidos pelos três partidos da capitulação soberanista, por culpa exclusivamente sua: PS/PSD/CDS-PP. O resto é doença facciosa.

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