PS: AUTÓPSIA A UM PARTIDO VULGARIZADO

O PS vai estar em congresso este fim de semana depois de, no último, há menos de seis meses, ter aclamado aclamativa e nazisticamente um equívoco repleto de tiranias, passes de mediatismo propagandesco e falsário, desordens de toda a espécie e feitio. Quando Tó Zé Seguro referir o seu antecessor, não poderá desculpá-lo com a crise financeira de 2008, mas sublinhar aquela que foi a dilação de medidas sérias devidamente preventivas. Se mecionar Sócrates, demarcando-se de uma governação desastrosa sem hipervalorizar a crise, revelará coragem, pois a esta luz nenhum militante ou eleitor contesta a deriva despesista absolutamente sorna do socratismo. O País já percebeu quem o lesou. O congresso do PS terá de reflectir acerca do estalinismo acéfalo inoculado pela anterior liderança do partido, sobre a morte do pluralismo interno e a completa implosão de uma liberdade intelectual capaz de pensar o presente e o futuro de Portugal em troca da prioridade devorista, o grande, exclusivo e obsessivo, desígnio do PS socratista da última década e meia, vulgaridade pura, perversidade absoluta. Criticar o desempenho antidemocrático do anterior Governo é condição de afirmação para António José Seguro, pois a hora é a de chamar os bois pelos nomes e nem sequer se trata de uma questão ideológica de demarcação da extrema-esquerda ou da direita: a demarcação necessária é aquela que rompe com o crime instituído dos principais partidos contra o erário, a que dá caça à corrupção política, a que não pactua com a desonestidade e a conflitualidade política gratuita, é a que rejeita a imoralidade na política, o maquiavelismo sôfrego pela conquista e manutenção do Poder, é a que faz a rasura da ética, declara à morte a honra, se compraz da sorna diluição de responsabilidades. Só António José Seguro poderá romper com os tentáculos de um partido-máfia, recordando ter sido o PS a inaugurar a guerra contra o Estado Social na medida em que conduziu o País à falência; foi o PS que precipitou a privatização da RTP, das Águas de Portugal, dos CTT, da CGD, ao acumular e agravar passivos e dívidas incomportáveis para o País; foi o PS que cavou e agravou a crise, esmerando-se no mais obsceno clientelismo, foi ele que acobertou corrupção maciça, fomentou a promiscuidade, nem rosa nem laranja, com saques e vampirismo ao Estado. PS e PSD são, há décadas, camaleões do oportunismo do Poder. Quanto a ser sanguessugas do povo português, nenhum dos dois sai ileso. O PS vulgarizou-se e não tem remédio. Salva-o o facto de António José Seguro ser uma pessoa decente e boa. Lufada de ar fresco no antro fétido socialista. 

Comments

Miguel said…
Virando a agulha. Falam muito nos gregos e os irlandeses? Dá-me a impressão que de fininho vão saindo do filme.
joshua said…
É verdade. É que nada nem ninguém refere os irlandeses. Em três tempos vão sair de fininho, isto é, resolver, sem ondas, sem distúrbios e sem cinismo "socialista", os seus problemas orçamentais.
joshua said…
É verdade. É que nada nem ninguém refere os irlandeses. Em três tempos vão sair de fininho, isto é, resolver, sem ondas, sem distúrbios e sem cinismo "socialista", os seus problemas orçamentais.

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