UM PROBLEMA DE ÊNFASE

Quem lê Pitta, Câncio e a demais pequena, média ou grande fauna protozoária socialista, percebe a desonestidade desmemoriada com que fustigam hoje as contingências da governação. Mas se existe um problema de ênfase no documento gaspariano, corrija-se. Faça-se clara a disposição de este Governo para sanear a despesa amiguista incrustada no aparelho de estado. O pessoal opinador velho avençado do socratismo espumará de raiva, faça-se o que se fizer. Mas há vacina para essa infecção do olhar e do sentido de Estado. Reside num sereno contraditório e numa clareza à prova de lugares-comuns: «Exibir os "cortes" na saúde, na educação, no ensino superior ou na segurança social a frio, sem serem sinalizados claramente por outras ponderações (elas estão no documento mas não são tão "evidentes") no que respeita a fundações e institutos públicos (salvo no desporto e juventude), empresas públicas (para o sector empresarial local já existe uma reforma em curso, tal como para a RTP, e vão ser extintas a Parque Expo e a FrenteTejo) e, sobretudo (sublinho o sobretudo), parcerias público-privadas, gerou um expectável desconforto na opinião pública, mesmo na afecta aos partidos que suportam a maioria governamental, independentemente do compromisso com a União Europeia e o FMI.» JG

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