BORRA-SE MAS NÃO SE RALA
E chegamos àquele estado em que Sócrates borra-se, mas já não se rala. Como o homem nervoso da velha anedota. Está toda a gente a olhar para o mau aspecto curricular passado e decorrente; toda a gente que abra os olhos repara nos princípios de malícia por ele introduzidos na sociedade portuguesa, amplificando a tal simulação democrática (desde 1976!), mas ele não se rala. O país em mau estado a todos os títulos, a começar pela generalizada chantagem mediática e aperto informativo, pela deformação da liberdade de pensamento mediante o constrangimento empregatório, pelo cortejo de incensadores do reles e desculpadores profissionais do intolerável, políticas económicas erradas, escondidas, manipuladas e filtradas para a Opinião Pública, perante uma maioria de apáticos ou simplesmente pragmáticos à procura de escapar da catástrofe que se vislumbra. E a catástrofre portuguesa, ao contrário da islandesa, não no-la deu a Crise Internacional, mas o espertismo mais ronceiro e malicioso a esburacar o Aparelho de Estado. A ler para que se perceba.
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Miguel C Branco