PIROSCÓPIO, SÓCRATES ARDE
José Sócrates está a arder. Passou de todas as marcas. Pode dizer-se que é uma espécie de velho parasita da casa-Estado à imagem do parasitário Vara, seu grande amor, outra construção fabulosamente ultramontana de esse singrar por cima do nosso cadáver, provando até ao limite o quanto a Democracia é o descaramento do individualismo infrene. Nunca ele soube o que fosse um estado de direito na óptica do servidor público porque sempre se serviu dele para desígnios ultrapessoais. Ter sido escutado durante meses a fio não é pergunta que uma virgem impoluta possa fazer nesta fase das revelações dos conteúdos, a não ser que tenha algo de grave a temer. Pinto Monteiro também está a arder. O país está além de saber se as escutas ao primeiro-ministro são ou não legais. Estamos numa outra fase da Arte. A matéria divide os especialistas, mas não divide os simples e humildes. O novo Código Penal é uma velharia que serve de coador a desastres quando um primeiro-ministro controla desejosamente a Justiça.
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