CONVÓLVULOS DE DESGRACEIRA

João, nem arrepanhando as saias o primeiro-ministro se livra da fama de impróprio para consumo ou da lama que lhe escorre de dentro e digno de toda a corriola. O mau carácter humano ou político foi-lhe a pior armadilha e a falta de semancol um problema de vaidosa passerelle e sexy-simiesco em detrimento do amor aos portugueses, hoje sem Pastor que os ame e sirva, e sentido de moderação democrática. Sócrates entrou em desgraça e é melhor que se desgrace de uma vez antes que nos desgrace por atacado. De si mesmo José Sócrates terá de dizer o cêntuplo do que prferiu em 2004 na Assembleia da República a Santana Lopes, o virginal e inócuo antigo sucessor de Barroso: «O sr. primeiro-ministro desculpar-me-á, mas quero dizer-lhe com clareza: esse episódio é indigno de um governo democrático, e é um episódio inaceitável. E é uma nódoa que o vai perseguir, porque é uma nódoa que não vai ser apagada facilmente, porque é uma nódoa que fez Portugal regressar aos tempos em que havia condicionamento da liberdade de expressão. E peço-lhe, sr. primeiro-ministro, que resista à tentação do controle da comunicação social. Não vá por aí porque nós cá estaremos para evitar essas tentações». Nós, o Povo, não estamos a achar piada à conivência dos macilentos Noronha Nascimento e Pinto Monteiro. Para monos bastam-nos os marcelinos e a venalidade recente do Público, cujos twingly funcionam agora no sentido decadente e minimizador de danos: promovem o Jornal e escondem o Blogue. Eis um novo conceito de Democracia. Aterrorizada com o potencial sem tretas nem meias palavras da opinião das gentes. Tomando medidas para que a opinião das pessoas impacte menos na podridão do Poder Político e como que pareça não existir. Contenção de danos sofisticada e sorna, meu Deus! É a velha usurpação e a velha mentira desprezivas ambas das pessoas concretas e da plenitude livre da Democracia.

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