ALUVIÕES DE FARSA

A Madeira sofre duramente. O País está num pasmo doloroso, abalado por notícias negras. Sócrates, o Primadonna, enquanto comediante exímio do Regime em meio de uma tormenta pessoal onde mal se tem de joelhos, zarpou para o epicentro da tragédia, apareceu fúnebre por lá, esgalhando seriedade e grande solicitude numa reunião com Jardim. Aí, o que lá vai, lá vai teve, por momentos, o ar de bóia salvadora, um suspiro de alívio, quando o aluvião de Merda, Trapalhadas, Mentiras, mesmo a absoluta irrelevância-biombo do PGR, não pára de o soterrar. Passeou depois num super-automóvel de Estado pelos destroços do Funchal com o velho esgar sorridente e optimista, máscara que lhe colou já indelevelmente, repleta de vazio. Tudo é campanha e tudo se confina a propaganda. Nunca se mancará. Feroz. Farsante. Lacrimoso. Temos comediante. Quem verdadeiramente se aloja naquela alma por se demitir há meses?

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