QUEIROZ PUGILISTA

Ele quis ter o seu momento Scolari. E agora nós devemos ser igualmente grandes, compassivos, e perdoar excessos como esse de Carlos Queiroz, pugilista e selecionador de futebol, no aeroporto de Lisboa. Perdoar-lhe apenas porque nos é mais económico fazê-lo e porque é ele o dono da onda. Contra toda a desesperança e contra todos os analistas e comentadores, conduziu a Selecção Nacional a um apuramento a certa altura sentido por todos como altamente improvável. Venceu. Acreditou mais que a maioria. Jorge Baptista exerceu sempre a sua liberdade de criticar, discordar e bem. Acabou de ser vítima da sua livre opinião. Vê-se que a moda de encerrar jornais e 'resolver jornalistas' contagia. Contagiou Queiroz. Diplomacia, grandeza e ética não podem ser apenas conceitos ocasionais para quem assume responsabilidades de monta como CQ. O desentendimento no aeroporto de Lisboa com o comentador televisivo Jorge Baptista foi triste e lamentável e deveria ser assumido na plenitude dos factos. Passar às agressões físicas nunca é opção. Mentir também não. É feio. Dizer Queiroz que tudo não passou de uma troca de palavras mais azeda e de uns empurrões na manga de acesso ao avião soa a eufemismo. Muito mais a quem lhas sentiu. 

Comments

João António said…
Num país em que os governantes insultam jornalistas que não dão as noticias como o poder quer, directores que são postos "no olho da rua" porque dão noticias incomodas, pivôs que são saneadas, etc, etc. . . porque diabo o seleccionador nacional não pode dar uns míseros apertões num comentador ? . . . Respostas hoje no programa "Tempo Extra"
Unknown said…
Repararam no cinismo do sorrizinho cândido do Queirós?! É demais! O Queirós quer é tempos-extras e rui santinhos a bajulá-lo. esse palhacito é que é um mt bom comentador... porque só consegue dizer asneiras e dizê-las hoaras a fio.

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