TEORIA DA IMPUDÊNCIA
Só por estupidez grossa não se percebe que o trabalho do semanário Sol é o mínimo dos mínimos que se pode fazer pela respirabilidade democrática em Portugal. Esperar da Justiça, dos seus erros e do seu ritmo-tartaruga, como pregava Marinho Pinto espumando e enfunando a palavra, corresponde ao supremo horror da contemporização pastosa com a Iniquidade. O Primadonna e a sua pretoriana entourage política viscosa, os seus boys, os colaboradores são dotados de uma determinação maligna e impudente. Determinados na intolerância mais arrogante, em dominar todos os espíritos com a arte venal de todas as compras torpes. Determinados no controlo mais atemorizador de tudo e de todos, colocando sob chantagem qualquer partícula de oposição sobretudo no sector público e onde os tentáculos económicos possam chegar. Podem muitos portugueses idolatrar um homem perigoso, podem até idolatrar um mentiroso num triste triunfo da fealdade moral alavancada em propaganda torpe. Tarde ou cedo, envergonhar-se-ão e enojar-se-ão com a revelação dos factos e dos caracteres, necessidade fisiológica de um país sucumbido.
Comments
O "trabalho" do semanário "O Sol" tem por objectivo único e legítimo, diga-se, vender. De resto, "O Sol" é tão parte do sistema como os biltres que o protagonizam. Desta vez saiu-se bem porque teve a fonte oportuna e estrategicamente colocada.
Se pôs a verdade, já sabida, cá fora e se isso contribuir para a queda do que está podre, esse não é o fim nem deles nem da maioria do "jornalismo" à portuguesa.
O indivíduo que está actualmente como Primeiro Ministro, faz-me pena no fundo. É um pobre tipo! Basta ver como é considerado em certos meios estrangeiros. Tanto que queria ser o "Miterrand" português, com a sua "Grande Arche"..., O TGV e as suas obras de remodelação no "Palácio do Louvre"..., aéroporto de Lisboa e afinal não vai conseguir nada. Ainda bem! Seria a Catástrofe Nacional.
Dentro de todo este contexto e assistindo a tanta injustiça e corrupção, ocorre-me dizer o seguinte: vão ao Vimeiro buscar os restos mortais do Prof. Dr. Oliveira Salazar enquanto é tempo e ponham-nos na Assembleia da República. Este já estava avançado demais para o seu tempo, pelo menos no que concerne o patriotismo e a honestidade. Faz-me lembrar o Concorde com a sua tecnologia "d'avant garde" No estado actual das coisas e com tanta e descarada prepotência, já para não falar de fascismo, só há um lugar em Portugal, onde se está tranquilo: no C E M I T É R I O.
Tenho dito!