RESSUSCITAÇÃO DE LINO
É sempre confrangedor ver o regresso do frágil e maleável Lino. E logo para gaguejar umas coisas em defesas do seu furioso mentor. Percebe-se que lhe pedem que fale. Atiram-no para as câmeras das TVs para que defenda o Primadonna. E ele, coitado, fala. Defende. Diz qualquer coisa. Mas haverá palavra mais inverosímil, mais fraca, mais contraproducente, que a dele? Dificilmente. A quem se dirige Mário Lino? Quem procura defender e quem lhe dará ouvidos quando soletra a palavra «patranha» contra o Primadonna? Só por brincadeira e para convencer papalvos. O processo Face Oculta é uma Rolling Stone. Já produziu danos suficientes ao Primadornna e aos seus boys de adorno para agora se insistir em mentir em desespero de causa. Do processo resultam inúmeras as suspeitas de fraudes nas empresas do Estado. Arrola demasiados boys do PS para parecer pouca coisa, coisa a que um Lino de esta vida possa interpor o cachimbo, o couro e o cachaço. Inútil. É a PT, logo a PT, que está sobretudo na berlinda. Tudo bem, Refer, CP, Carris, Estradas de Portugal, REN, BCP surgem tentaculizadas pelo envolvimento em teia com que o Poder pretendia controleirar. Mas é a PT o cerne. Nessas empresas estão envolvidos administradores de topo: José Penedos, Armando Vara, Rui Pedro Soares e Soares Carneiro, qualquer deles de fastidiosa ou súbita carreira política no PS. Na PT, as suspeitas do processo Face Oculta ferem mais a fundo. Pela boca de um Henrique Granadeiro «encornado» percebe-se que o que se passou na PT foi perfídia da grossa. A empresa foi usada. Granadeiro acusara já Fernando Soares Carneiro de «quebra de confiança», quando este «desviou» sem autorização dinheiro de fundos da PT para fundos da Ongoing. Convidara Soares Carneiro a demitir-se. O administrador ignorou. A Rui Pedro Soares igual delicado convite fora feito. Debalde. Sob o socratismo, ninguém se demite. O guarda-chuva socratista não tem a mais pequena lata porque o que o vulgo não compreende nem domina, lhe permite esticar os abusos e as faltas de honra. É obra. Nunca tanto despudor perante o óbvio se engendrou em tão pouco tempo. Fantástico! Vá, continuem a cantar o fado do coitadinho vítima de campanha brutal. Brutal é o seu modus operandi.
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