IRRESISTÍVEL MADRACICE DO INDÍGENA?

O indígena não se entrega a madraçar nesses países ricos para onde emigra a fim de ganhar o triplo do que por cá lhe pagam. Tudo bem que o nosso ancestral beatismo, com pouco Evangelho e muita Religião, favoreça os feriados, como escreve VPV. O jacobinismo, porém, é sumamente cínico: nesta coisa dos feriados, goza tão exemplarmente os religiosos como os institucionais. Porventura, em sentido absoluto, os feriados estão ao serviço de uma coisa que a China não acarinha: lazer e humanização de vidas e da vida tantas vezes devorada pela chamada produtividade esclavagisto-lucrativista moderna. Para onde nos encaminhamos? Para o modelo chinês da riqueza com suicídios laborais sob tirania política? Para ter o Homem, e não o Lucro, como centro de tudo? O que é preciso é mais justiça retributiva, menos offshorização da riqueza e menos produtividade socialmente estéril.