CONA-QUEIROZ OUT
Depois das agressão ao jornalista Jorge Baptista, das calinadas gravadas pelo Sol e da história da «cona», deveria bastar um grão de polémica para que Queiroz saísse por seu pé. Mas não. Agora é a palavra "ameaçar" a estragar todo o esquema auto-vitimizador usado por Queiroz, que cada vez se assemelha mais a uma besta feroz encurralada pelos factos e, sim, alvo da conspiração dos que contra ele, contra o seu rasto de rupturas, perda de credibilidade, caos no balneário, antipatias e resultados a medo ou pífios, legitimamente conspiram. Quem instalou o mal-estar e a contradição no seio da Selecção? Agora ameaça "recorrer à FIFA" para denunciar "ingerências do Estado" na Federação Portuguesa de Futebol (FPF), caso venha a ser prejudicado pelo inquérito aberto pelo Instituto do Desporto de Portugal (IDP), sobre alegados insultos aos médicos da brigada antidoping durante o estágio de preparação para o Mundial 2010. Mas, à falta de um colete de forças que acalme um homem há muito para lá de uma clara crise de nervos, deve perguntar-se se o Estado tem ou não toda a legitimidade para aí "ingerir" e "digerir". Não adianta espernear, trata-se de uma instituição que perdeu o estatuto de utilidade pública desportiva prestes a decidir conforme lhe for útil e conveniente e se ele, Queiroz, de tão cegamente preso ao lugar, não compreende que rebentou com o futuro, também não haverá homem ou deus que lho explique.
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